sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Para que eu não me esqueça

     A vida é mesmo uma caixinha de surpresas? Acredito que não pois seus desígnios são previsíveis, ela nos dá sinais que nos recusamos a ver ou admitir que são alertas para o que estar por vir.
     São exatamente 19:57h do dia 31 de dezembro de 2010 faltam algumas poucas horas para a virada do ano e cá estou eu, sozinha, em frente ao computador; largada e abandonada por alguém que me deu provas de sua capacidade de desprezar as pessoas que o amavam, provas que eu me recusei a aceitar.
     Chorar pra que? Vai adiantar?
     Por isso estou aqui a escrever. Não adianta chorar. Minhas lágrimas não  resolverão nada . Enquanto eu chorar, ele provavelmente vai sorrir.
     O que posso fazer?
     A resposta é unica: prestar mais atenção aos avisos ou sinais que a vida me der. 
    Sempre soube quem era o homem com quem ia me casar mas, queria tentar mudá-lo mostrando a ele como se deve tratar quem nos ama. Perda de tempo. Não se pode mudar o homem. Ou ele é bom ou ele é mal.
      Minha unica revolta é ter dedicado a ele 17 anos de minha vida. Esqueci de viver.
     Como fui ingênua achando que transformaria um pau torto num pau reto baseando-se no fato de que Jesus era carpinteiro então se eu reza-se por ele, jesus o concertaria.
     Tenho uma dor enorme dentro do peito. Me doi ver a arrogância cantando e passando ao meu lado como se fosse um grande rei soberano e indestrutível.
     Me doi, vê-lo cantarolar hinos evangélicos que exaltam o amor e o respeito a Deus como se ele seguisse o que as letras desses hinos impõem. Como é triste ver a hipocrisia e burrice do ser humano.
     Como doi ver a preguiça do pensar ou preguiça de enxergar o que está diante do nosso nariz.
    Bati com a cabeça na parede por burrice pois sabia que estava me aproximando dela mais continuei caminhando sem nem cogitar a possibilidade de mudar de caminho. Como fui burra!
     Há tempos não sabia o que era a dor da alma...lembrei-me agora ao senti-la.
     Espero viver o suficiente para alertar e ajudar alguém a evitar este caminho.
     O caminho sem volta, da ingratidão e do desprezo pelo amor ao próximo. 
   Espero do fundo do coração que este ano me traga paz, sabedoria e menos paciência para aguentar homens burros. Que minha tolerância a partir de hoje seja zero, para homens que não sabem amar.
     Tolerância zero para os ignorantes, arrogantes, desprezíveis, infiéis e principalmente aos "moleques".
    Que eu faça valer meus trinta e cinco anos e que Deus me dê forças para continuar vivendo e acreditando no amor.



"O senhor é meu pastor, e nada me faltará, ele me fará caminhar em verdes pastos"



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