sexta-feira, 15 de outubro de 2010

20:03:23



Decisões





Ainda no ventre, Deus nos deu o poder da decisão ou seja, o livre arbítrio que na verdade é uma oportunidade para decidirmos entre o bem e o mal, o melhor ou o pior , ser ou não ser.

E assim que nascemos nos surge a primeira decisão: chorar ou não chorar. apartir dai  nossa vida segue rumo a muitas outras decisões das quais, em alguns casos, nos arrepederemos por ter escolhido mal e pagaremos altos preços por tais decisões tomadas de forma inconsequente e impensada.

Quando ainda criança  nossas mães, criadoras ou educadoras nos ensinam em partes o caminho certo para tomarmos no decorrer de nossa vida. Nos mostram as melhores decisões. Aquelas que nos levaram a um bom emprego, a ter bons amigos, a sermos melhores do que elas mesmas foram.

Porém, há diferenças nessa orientação, por exemplo há mães que dizem "seja um bom menino, meu filho" mais esquecem de lhes ensinar como. há algumas que orientam dizendo "não confie em estranhos" mais esquecem de lhes advertir que até mesmo os "não estranhos" ou "confiáveis" podem lhe fazer mal.

Minha mãe me criou dizendo "não confie em amigos. seu único e melhor amigo é sua mãe" e todas as vezes que tentei provar o contrário, mostrar que ela estava errada, me deu mal...muito mal.

Ouço, todos os dias, por onde ando, exemplo de alguém que foi traído por quem considerava seu melhor amigo; ouço também conselhos absurdos de quem se diz grande amigo. conselhos do tipo se alguém lhe fez mal, pague com a mesma moeda. Em todos os casos, as situações se fizeram por que tomaram a decisão de confiar em alguém e porque talvez, nossa mãe não tenha nos alertado a respeito dessas decisões.

Nessas horas, lembro de minha sábia mãe e de seus grandes conselhos. Ela não é nem de longe uma mulher de vida perfeita e sem erros, ao contrário, é uma mulher que errou bastante e aprendeu grandes lições com eles.

Ouvi ontem, alguém que convive há anos com um marido cafajeste e infiel, rir de uma outra pobre vítima de um homem igual ao seu. A que riu, nem de longe é feliz no entanto estava zonbando da infelicidade da outra.

Pensei comigo e comentei com a que sorria que o sofrimento de cada uma era parte de suas decisões e que seu sorriso significava que ela ainda não havia avaliado a decisão que ela própria tomou ao casar-se com um homem de comportamento igual ao da que ela criticava, logo ambas estavam na mesma situação, portanto não havia motivos para que uma rise da outra.

Ouvi também, alguém dizer que estava chateado com certa pessoa e que procurou um "amigo" seu e inimigo desta pessoa para lhe pedir conselhos sobre o que fazer. Pesei comigo: como pode Lula pedir conselhos a Obama sobre o que fazer com Bin Laden?

A resposta não é óbvia?

Levantei duas questões importantes dessa situação.

A primeira trata-se do chateado e do amigo. Veja bem, se o amigo for de fato amigo, ele jamais dará um conselho pensando em si mesmo, já que terá nas mãos do outro a oportunidade de vingar-se, mais sim avaliará a situação e, mesmo que seja contra sua vontade,dirá o que for melhor para amenizar a situação entre seu amigo e seu inimigo.

Ex.: Obama diria a Lula: tenha calma amigo, converse com ele e ficará tudo bem?

Esta, de fato seria a atuação de um grande amigo é claro que estou falando de uma forma hipotética; lógico que Obama jamais daria tal conselho.

A segunda trata-se do porquê o chateado iria pedir conselhos justamente para um inimigo daquele que o aborrecia sabendo ele que a resposta seria óbvia. estupidez, burrice ou ele precisava apenas de um impurranzinho para tomar a decisão que de fato já estava formulada.

Veja bem, se Lula pergunta a Obama o que fazer com Bin Laden certamente ele responderia: mate-o.

E será que Lula em sã conciência, acharia que este, verdadeiramente é um conselho de amigo?

Ou teria a certeza de estar ouvindo o conselho de um oportunista que não estava nem aí pra amizade e sim para a situação.

E aqui voltamos ao ponto principal deste texto, as decisões. Há sempre uma segunda escolha, um segundo caminho. Este alguém tinha, no entanto, três posíveis opções. Poderia pedir opnião a um inimigo daquele que o aborrecia, resolver sozinho seu dilema conversando com o aborrido ou pedir conselhos a alguém que fosse neutro; amigo dos dois em comum ou amigo dele e indiferente ao outro.

Porém, ao que me parece, ele decidiu pela pior opção visto que, não se pode esperar que alguém deseje ou faça algo de bom com seu inimigo. Logo dalí, obviamente, não sairia bons conselhos.

Claro que isso não é uma observação geral. Há pessoas que mesmo tendo inimigos, conseguem ser superior e oram por eles. Porém, infelizmente, temos que concordar que este é um pequeno número. A grande maioria deseja a morte ou ruína de seus adversários.

Tudo o que fazemos é fruto de nossas escolhas, de nossas decisões.

Tenho pensado muito nesse último caso. A pessoa que veio a mim tem trinta e cinco anos, o aborrido é sua esposa e a pessoa a quem ele pediu conselhos, tem apenas trinta.

O que leva uma pessoa de trinta e cinco anos a pedir conselhos a outra bem mais jovem e portanto com menos experiência e que, além de menos idade e experiência, é inimigo de sua esposa?

Imaturidade, burrice, ingenuidade ou pura maldade?

Não é maduro o suficiente para resolver seus próprios problemas?

Não tem inteligência suficiente para saber que o outro se aproveitaria da situação para se vingar do inimigo?

È tolo e ingênuo para analisar a situação no geral?

OU queria, de fato, ver a ruína de sua esposa unindo-se ao inimigo dela?

Bem, analisando a pessoa que me expôs essa situação, em particular, eu diria que todas sem encaixam no seu perfil e que a última, provavelmente, foi o motivo principal.

Ele decidiu continuar uma amizade com o inimigo de sua esposa, levar os dilemas do casal a esse inimigo e consequentemente, indireta ou diretamente contribuir para o declínio da companheira.

Volto atrás e digo que o principal motivo foi a burrice visto que, ele trocou alguém multíplice ( amante, companheira,amiga,etc...) por alguém impar que se resume apenas como amigo e nada além disso.

Ainda há um outro ponto, talvez o mais importante: a traíção. Este homem traiu a confiança de sua esposa confidenciando e expondo as fraquezas dela a um adversário. Este ponto puxa um outro que se refere ao amor. Pode-se dizer que ele ama sua esposa? Se analisar-mos a situação como um todo, chegaremos a conclusão que não.

Talvez um inimigo desta mulher está mais próximo do que ela imagina.

Não condeno o fato de que alguém manter a amizade com um adversário de sua conjuge. Acho perfeitamente aceitável essa situação. Condeno aqui o fato de que sabendo da inimizade, ele se armou das fraquezas dela e as expôs ao  inimigo.

Já imaginaram se Lula chega pra Obama e diz quais são as fraquezas de Bin Laden?

Não sei ao certo o rumo dessa situação após essa decisão, porém, falando por mim, creio que foi uma péssima decisão e acredito que mais na frente, quando a maturidade chegar para este homem, certamente ele verá o quanto perdeu com esta escolha ( ainda que esta mulher não seja grande coisa; eu não sei.)

Enfim, cada decisão tem uma consequência e um preço a se pagar e quando decidimos algo, no nosso subconciente, sabemos o preço que vamos pagar por ela. Por isso antes de decidir qualquer coisa, pense bem na sua escolha, você pode pagar muito caro escolhendo o caminho errado ou não pagar nada  se escolher o caminho certo.


Lembre-se: a maturidade vem para todos porém uns a descobrem mais rápido, vivendo um dia após o outro e analisando sempre seus erros e acertos do dia anterior.










‎domingo, ‎19‎ de ‎setembro‎ de ‎2010



23:13:17



eliane guimarães

terça-feira, 3 de agosto de 2010

eu tenho tudo que sonhei

quando eu era criança, lá pelos nove ou dez anos, costumava deitar em minha rede e imaginar o que queria ser ou ter quando crescesse. imaginava o homem com quem me casaria, onde moraria e como seria minha vida. pensava em ter uma moto e sai por ai curtindo a vida ate cansar e só então, quando cansasse, casaria, iria morar num confortável ap. e criaria meus filhos ao lado do homem escolhido.hoje, aos trinta e cinco anos, olho pra trás e vejo que realizei todos os meus sonhos. sinto-me estranha ao olhar para meu marido e ver nele o meu ideal de nove anos. costumo dizer que ele é igual ao que sonhei, com todas as qualidades e os defeitos, só faltou ser loiro. tenho exatamente tudo o que sonhei e é estranho analisar isso pois fico a pensar que talvez eu seja um pouco bruxa, sei lá. como pode alguém, totalmente desprovida de ambição chegar a realização de sonhos sem fazer o menor esforço para realizá-los? me pergunto o que fiz pra merecer? bem, esta resposta eu sei de co: desejei a todos, até mesmo aos que não conhecia, as melhores coisas que um ser humano pode desejar à alguém. desejei paz, aos que se encontravam em guerra; saúde aos enfermos; alegria, aos infelizes e muita, muita sabedoria e paciência a todos porem, esse ainda não é o segredo para realização de sonhos, é apenas o segundo lugar. o primeirríssimo lugar, o que vai fazer de você um grande vencedor é fazer o melhor para seus pais. por muitas e muitas vezes escondi de minha mãe coisas que eu tinha certeza que a fariam chorar e sofrer. aguentei calada muitas humilhações e horrores e pensava: tudo vai pasar mas não vou fazer minha mãe chorar. hoje, não tenho mais segredos. sou plenamente feliz e realizada. do que passou, levo comigo apenas as lembranças, a experiência e a sabedoria para não cair de novo e passar adiante para que todos saibam que o segredo para realização de sonhos esta dentro do coração. volto atrás e me corrijo pois ainda não sou a pessoa mais feliz do mundo; me falta ver minha mãe numa cadeira de balanço, descansando tranquila e sem preocupações. cabelinho branco, rosto franzino, olhos serrados num cochilo e na boca um leve sorriso de quem lutou muito mais venceu e pode dormir em paz. ainda não realizei esse sonho mas, sinto que estou bem perto de fazê-lo. e aqui deixo meu recado: o segredo da felicidade é honrar pai e mãe àcima de todas as coisas e dar a eles a felicidade antes mesmo de nos ser dada.